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Matéria do Jornal Diário Popular do dia 15 de maio de 2016.

Há 115 anos pela inclusão

Instituto São Benedito há mais de um século oferece apoio e educação para meninas pobres negras

Por: Renata Garcia

As alunas durante aula de música, uma das atividades oferecidas (Foto: Jô Folha-DP)
Praça José Bonifácio, 102. A edificação, hoje em cor verde, carrega uma história centenária. São 115 anos de trabalho incansável pela inclusão social de crianças em vulnerabilidade. Pequenos à margem da sociedade. Filantrópico, o Instituto São Benedito respira com o abastecimento de doações de sócios e da comunidade em geral, profissionais voluntários e patrocinadores.
Tudo começou em 13 de maio de 1901, quando a porto-alegrense Luciana de Araújo abriu portas para receber meninas pobres e negras. Filha de mãe escrava, ao chegar a Pelotas foi sensibilizada pela grande quantidade de crianças negras órfãs e desamparadas - no período, elas não eram aceitas em instituições de assistência social por causa de sua cor. Luciana - também negra e vinda de uma infância pobre - mobilizou outras mulheres a lutarem pela causa.
Juntas fundaram o, então, Asilo de Órfãs São Benedito. A história conta que a homenagem ao santo negro nasceu após uma promessa de Luciana, concedida por ele. Inicialmente a obra desenvolveu atividades na casa 7 da antiga praça da Matriz, atual praça José Bonifácio. Nos dois primeiros anos de existência foram matriculadas 11 meninas. O trabalho de Luciana de Araújo ficava popular na cidade. Suas ações filantrópicas lhe deixaram conhecida como Mãe Preta, entre a comunidade.
Congregação
Diretora interna da instituição desde 1994, irmã Julieta Bertuol conta que mais tarde, quando Luciana havia ido embora para Bagé desenvolver trabalho semelhante, a diretoria do Asilo solicitou a presença da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Em 1912 elas assumiram a direção interna e os encargos dos serviços assistenciais. Os acolhimentos não paravam de crescer. Foi necessário mais espaço para continuar atendendo a demanda. Então, a sede da entidade foi transferida para o atual edifício, gratuitamente cedido por Joaquim Rasgado, em 1915.
Natural de Viena, Áustria, Bárbara Maix é fundadora da Congregação religiosa. Entre seus objetivos, a assistência às pessoas doentes. Por volta de 1843, a congregação previa a “visita aos enfermos, para prestar-lhes assistência religiosa, prepará-los a receber os últimos sacramentos e dispô-los a terem uma santa morte”. Era o que, na época, Bárbara julgava ser possível na área da saúde.
Os princípios que Bárbara consistiam em estar ao lado dos enfermos - não apenas para servi-los na doença, como enfermeiras, mas principalmente para auxiliá-los espiritualmente. A Congregação das irmãs defende que a saúde da pessoa é sagrada e os males físicos estão relacionados a problemas pessoais, comunitários, sociais ou estruturais. Então, ao migrarem para o São Benedito passaram a combater a miséria ao acolher as crianças em vulnerabilidade, relata irmã Julieta.

Legado
Ao lado do presidente da instituição, Flávio Gastal, irmã Julieta lembra com respeito do trabalho executado por Luciana. Todos que ali atuam são voluntários. “Nossa obra de assistência social existe graças a ela. Ela teve muita ousadia, muita bravura ao criar este espaço”, frisa.
A trabalhadora doméstica Rosemere Costa encontra no Instituto amparo para as filhas (Foto: Paulo Rossi-DP)
Irmã Julieta conta que os professores são cedidos pela rede municipal para ministrarem as aulas. Outras atividades são desenvolvidas por estagiários selecionados pelo Instituto. Entre os corredores de piso frio, as paredes exibem os trabalhos de sala de aula das crianças, assim como palavras de incentivo - alegria, vida, paz, verdade e amor são algumas.
Mudanças internas
1901 a 1917 - Escola em regime de internato (ensino primário e técnicas domésticas)
1917 a 1936 - Funcionou como Escola Santa Inês. (Ensino Primário)
1937 a 1950 - Foi instalado o Colégio São Benedito
1950 a 1958 - Com o decreto 209, o então prefeito de Pelotas, Joaquim Duval, municipalizou a escola desta instituição. Passou a se chamar Escola Municipal Luciana de Araújo, em homenagem à fundadora. Em 1958, a Escola Municipal Luciana de Araújo foi transferida do Instituto São Benedito para a rede municipal, a pedido da diretoria
1959 - A escola passa a ser denominada Escola de Primeiro Grau Incompleto São Benedito
1968 a hoje - O internato foi extinto, passando a funcionar o regime de semi-internato para meninas carentes
Fortalecimento de vínculos
O Instituto atende hoje, gratuitamente, 115 crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social, de áreas periféricas da cidade. O atendimento se dá através do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos. As meninas ficam entre manhã e tarde na escola e têm direito a, pelo menos, três refeições. As crianças recebem Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano - e oficinas pedagógicas e culturais.
No turno da manhã, elas têm aulas regulares com os professores, através do plano de curso. São habilitados para trabalharem o ensino-aprendizagem, datas comemorativas de cada mês e celebrações eucarísticas. Já na parte da tarde trabalham oficinas pedagógicas, onde as crianças recebem aula de apoio, coral, artes, balé, passeios, assistem a DVDs com desenhos e filmes adequados à faixa etária e à recreação. Também são avaliadas com pareceres descritivos a cada trimestre, têm atendimento com psicopedagogos, psicólogos e atendimento personalizado aos pais, quando necessário.
Resultados
O trabalho doméstico entre manhã e tarde não permite que Rosemere Costa, 28, possa cuidar das filhas em sua casa, na região do Porto. “Ou elas iriam pra escola ou eu não trabalharia. Não tinha como”, relata. Há três anos conheceu o trabalho do Instituto São Benedito e tentou matricular a primogênita na escola. Os critérios de seleção são rigorosos - conforme a diretora, além de entrevista com responsáveis de candidatas, são feitas visitas ao local onde as crianças moram. Irmã Julieta salienta que o procedimento quer garantir que meninas realmente com dificuldades econômicas sejam contempladas pela a entidade, de forma a dar continuidade à proposta da fundadora.

Um ano depois de inscrever a primogênita, Rosemere também matriculou a filha mais nova. Somente então parou de fazer faxinas e conseguiu fixar-se em um emprego. Uniformizadas, as meninas Ana Luiza e Lúcia Nayara, de oito e sete anos, respectivamente, falam alegres sobre a escola. Mais tímida, Ana Luiza conta que sua atividade favorita é o balé. Já a caçula é mais falante. Segundo ela, está ansiosa para chegar aos oito anos e finalmente acompanhar a irmã nas aulas de dança. Enquanto a idade não chega, aprende movimentos com os passos da irmã, em casa. “Elas aprendem muito lá. Aprenderam a ler no São Benedito. Eu espero que continuem gostando de estudar lá”, sorri a mãe.



Jornal Diário da Manhã destaca o aniversário de 115 anos do Instituto em matéria especial do dia 13 de maio de 2016.


115 ANOS : INSTITUTO SÃO BENEDITO COMEMORA DATA E BUSCA NOVOS COLABORADORES

115 ANOS :  Instituto São Benedito comemora data e busca novos colaboradores
13 maio
09:452016

NESTE DIA 13 DE MAIO, COMEMORA-SE OS 115 ANOS DE FUNDAÇÃO DO INSTITUTO SÃO BENEDITO. ESTA IMPORTANTE OBRA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, EM NOSSA CIDADE, COMEÇOU PELA DETERMINAÇÃO E CORAGEM DE LUCIANA LEALDINA DE ARAÚJO, A “MÃE PRETA” COMO ERA CONHECIDA.

Mulher negra, filha de mãe escrava e dotada de grande sensibilidade para com os pobres, Luciana nasceu em Porto Alegre, no dia 13 de junho de 1870 e ainda jovem veio com sua família para Pelotas. Aqui deparou-se com a triste realidade de muitas meninas negras e órfãs desamparadas e que não eram aceitas em outras instituições, seja pela cor, seja pela falta de quem as apadrinhasse.
O PÁTIO interno com bastante movimento da criançada
O PÁTIO interno com bastante movimento da criançada
Movida pela fé e solidariedade, Luciana de Araújo junto com outras senhoras, começou sua peregrinação benemérita, a qual recebeu o nome de Asilo de Órfãs São Benedito. Inicialmente a Obra desenvolveu suas atividades na casa nº 07 da antiga Praça da Matriz, atual Praça José Bonifácio. Nos dois primeiros anos foram matriculadas onze meninas. Durante 15 anos a Obra assistencial recebeu crescente número de crianças – entre 1901 e 1915 – nesse período a sede da entidade precisou de mais espaço, sendo assim, transferida para o atual edifício, que foi gratuitamente cedido pelo benfeitor, Joaquim Rasgado.
Neste período, Luciana e um grupo de senhoras da cidade de Pelotas ministravam voluntariamente, educação (ensino Primário) e ensinamentos domésticos às meninas carentes dessa Instituição.
Cumprida a sua missão em Pelotas, em 1908, Luciana de Araújo mudou-se para Bagé, levando consigo três filhas de criação: Alice, Avelina e Julieta. Na nova cidade, no ano seguinte, fundou o Orfanato São Benedito, acolhendo, então, meninos e meninas. Com sua amiga Florentina Ferreira, voltou a percorrer as ruas, desta vez de Bagé, angariando donativos para sustentar a nova obra. Luciana faleceu em 27 de novembro de 1930.
Desde 1901, o Asilo é administrado por diretorias constituídas de membros voluntários da comunidade local que sucessivamente vem prestando seus serviços com extraordinária dedicação e gratuidade. Primeiramente Luciana, depois as sucessivas diretorias.
CAPELA com pinturas do ilustre Aldo Locatelli
CAPELA com pinturas do ilustre Aldo Locatelli
A MISSÃO
Atualmente o Instituto São Benedito atende, gratuitamente, 115 crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social, oriundas da periferia da cidade. O atendimento se dá através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. As crianças recebem Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), Oficinas Pedagógicas e Culturais, além de três refeições diárias.
MANUTENÇÃO
A Instituição se mantém através de promoções, sócios e doações da comunidade local. Buscamos conseguir novos parceiros, pessoas que se identifiquem com a proposta de Luciana de Araújo e que queiram contribuir para com um futuro melhor das crianças e adolescentes atendidas. O Instituto São Benedito está localizado na Rua Felix da Cunha, nº 909.



114 anos do Instituto São Benedito
O Jornal Diário da Manhã destacou na página Especial, no dia 13 de maio de 2015, o aniversário de  114 anos de fundação do Instituto São Benedito. Diário da Manhã, quarta-feira, 13 de maio de 2015.


Irmã Julieta celebra 50 anos de consagração
Irmã Julieta Bertuol, Diretora Interna do Instituto, comemorou no dia 31 de julho de 2014, 50 anos de Consagração Religiosa. O destaque é do Jornal da Catedral, na edição de Julho/Agosto de 2014.



Aniversário do Jornal Diário da Manhã



Grupo do Ballet é destaque no Jornal Diário da Manhã
Um grupo de meninas do Instituto, apresentou-se em Bagé no 12º Festival e Dança da cidade, no dia 07 de junho. O grupo foi coordenado pela professora voluntária Solane Soares que, com grande carinho e dedicação, dedica de seu tempo para prestar tão belo serviço. As meninas garantiram o 2º lugar.



Meninas visitam o 4º Batalhão da Polícia Militar.
O registro é do Jornal Diário da Manhã.



Caminhada da família
O registro é do Jornal Diário Popular.




Formatura - Projeto de Apoio à Inclusão Digital e Cidadania


Jornal Diário da Manha - 28 de agosto de 2012


Divulgação dos 100 anos de presença das Irmãs do ICM no Instituto São Benedito








Grupo de Apoio do Instituto São Benedito realiza mais um bacalhau beneficente

Jornal Diário da Manhã - 28 de junho de 2012

112 anos do Instituto São Benedito
O Jornal Diário da Manhã destacou na página da Cidade, no dia 15 de maio de 2013, o aniversário de  112 anos de fundação do Instituto São Benedito.




O trabalho de Inclusão Social feito pelo Instituto é capa no DP
O jornal  Diário Popular mais uma vez brilhantemente deu o merecido destaque ao trabalho de Inclusão Social desenvolvido pelo Instituto São Benedito. A edição do dia 20 de novembro - data  que se comemora o Dia da Consciência Negra - fez uma viagem no tempo contando sobre a fundação e a missão da Instituição, até os dias atuais. Tudo isso como pano de fundo para divulgar também o espetáculo de Balé que ocorreu no Teatro Guarany. A Reportagem é de Michele Ferreira. 
Clique nas imagens para ampliá-las e com mais um clique, aumente para ler.

Instituto São Benedito foi capa do DP, destacando o trabalho de inclusão social

Visão geral das páginas 2 e 3









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Instituto São Benedito foi capa do DP

Reportagem do Jornal Diário Popular, do dia 6 de novembro de 2010, por ocasião da Beatificação de Bárbara Maix. A reportagem é de Pablo Rodrigues e foi destaque na edição, ocupando duas páginas.
Clique nas imagens para ampliá-las e com mais um clique, aumente para ler.

    A foto das alunas em sala de aula, foi capa da edição.



Visão geral das páginas 2 e 3













Entrevista na Rádio Universidade AM

Por ocasião da Beatificação de Bárbara Maix, o Repórter Darci Pino, da Rádio Universidade AM, entrevistou ao vivo, a Diretora Irmã Julieta Bertuol e a Irmã Lúcia Lourdes, que falaram sobre a vida e a trajetória de Bárbara. A Entrevista foi concedida na manhã do dia 3 de novembro de 2010.
Clique no PLAY para ouvir. Aumente o som, no ícone acima do PLAY.




 Clippings da nossa história
Abaixo temos uma série de matérias publicadas nas datas comemorativas ao aniversário do Instituto São Benedito e sobre as Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Aqui está um pouco da história do Instituto.

112 anos
Jornal Diário da Manhã, 15 de maio de 2013

110 anos
Jornal Diário Popular, 12 de maio de 2011

150 anos de Fundação da Congregação

Jornal Diário Popular, 7 de maio de 1999

Centenário do Instituto

Jornal Diário Popular, 6 de maio de 2001

95 anos

Jornal Diário Popular, 28 de maio de 1996


90 anos

Jornal Diário Popular de 12 de maio de 1991


80 anos

Jornal Diário Popular, 13 de maio de 1981

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